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USP testa componente da maconha Contra o Mal de Parkinson

USP testa componente da maconha Contra o Mal de Parkinson

A Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP) vai estudar os efeitos do canabidiol, substância química encontrada na maconha, no ciclo do sono. Para isso, a faculdade procura voluntários para a pesquisa “Efeitos da administração de canabidiol no ciclo do sono, vigília em pacientes saudáveis”.

Serão 40 voluntários. Os participantes terão que passar duas noites no Hospital das Clínicas, com intervalo de uma semana, e serão submetidos a uma polissonografia, exame realizado para investigar os distúrbios do sono.

Em uma das noites, os voluntários vão receber uma dose de canabidiol antes de dormir e, na outra, um placebo (substância caracterizada pela neutralidade de seus efeitos indicada para substituir medicamentos com o propósito de controlar os efeitos psicológicos de um paciente durante seu tratamento).

“O objetivo é entender o papel do canabidiol no ciclo do sono. Nós vamos mapear o sono dessas pessoas, pois queremos descobrir como o canabidiol modula o sono. Pode ser que pessoas com distúrbios de sono tenham algum benefício na fase REM [quando a atividade cerebral é mais rápida]”, explicou a psicóloga Ila Marques Porto Linares, responsável pela pesquisa.

O canabidiol tem sido usado para tratamento de crises epilépticas, esclerose múltipla, câncer, fobia social e dores neuropáticas (associadas a doenças que afetam o sistema nervoso central), mas o composto segue na lista de substâncias de uso proibido no Brasil.

Para ter acesso a medicamentos a base de canabidiol, é preciso fazer um pedido de importação à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) acompanhado de prescrição médica, laudo médico e termo de responsabilidade.

Desde abril, quando a Justiça permitiu a importação da substância pela primeira vez, a agência autorizou 37 dos 54 pedidos.

Grande repercussão

Em 27 de junho, uma família de São Carlos, a 105 km de Ribeirão Preto, obteve uma liminar que obrigava a Secretaria Estadual da Saúde e a prefeitura a fornecerem o canabidiol a um menino de 7 anos diagnosticado com Síndrome de Dravet, uma doença degenerativa rara que ataca o sistema neurológico e provoca crises epilépticas.

Antes da decisão, a família importava o composto de forma ilegal e pagava, em média, R$ 1,4 mil por ampola, que é suficiente para um mês.

Pesquisa aponta benefícios em tratamento

Uma pesquisa realizada pela FMRP, em parceria com a Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP), comprovou que o canabidiol possui efeito ansiolítico, sem causar dependência, em pessoas que sofrem de fobia social.

O pesquisador Mateus Bergamaschi, orientado pelos professores Regina Queiroz e José Alexandre Crippa, formou dois grupos de 12 pessoas que apresentavam a fobia, mas nunca haviam sido tratadas, e aplicou uma dose de 600 mg da substância em um grupo e um placebo em outro.

Após duas horas, os participantes de ambos os grupos tiveram que preparar um discurso de quatro minutos para ser lido diante de uma câmera enquanto viam sua própria imagem na televisão.

O resultado foi positivo para o canabidiol. O desempenho das pessoas que receberam a substância foi superior. Elas estavam menos ansiosas e mais confiantes. (Com informações do Serviço de Comunicação Social da Prefeitura do campus de Ribeirão Preto)

Professores são contra proibição

Quatro professores da USP, entre eles José Alexandre de Souza Crippa, orientador da pesquisa dos efeitos do canabidiol no sono, apoiam a reclassificação da substância, de proibida para controlada.

Os professores enviaram uma carta aberta à Anvisa dizendo que, desde os primeiros estudos com o canabidiol em humanos, os pesquisadores constataram que a substância não produz os efeitos psicoativos típicos da planta Cannabis sativa, a maconha. “Inúmeros estudos em animais e humanos têm mostrado que o uso agudo ou crônico do canabidiol é desprovido de efeitos tóxicos e de efeitos adversos significativos.”

De acordo com a nota, “existem fortes evidências de que o canabidiol possui um perfil de efeitos com enorme potencial terapêutico, que inclui efeitos: antiepiléptico, ansiolítico, antipsicótico, neuroprotetor, anti-inflamatório, em distúrbios do sono, entre outros”.

Resultados
A pesquisa do efeito da substância nos padrões do sono é apenas mais uma de uma série de estudos da FMRP sobre o componente. “Nós já demonstramos eficácia [do canabidiol] na doença de Parkinson, nos transtornos de ansiedade, mostramos em esquizofrenia, em doenças do sono – em algumas delas -, além disso, nós testamos em dependência de maconha e, um estudo que estamos concluindo com um grupo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em dependência de crack”, diz Crippa.

O grupo de estudos da USP de Ribeirão é responsável pelo maior número de pesquisas nesta área. Em todos os testes, a substância se mostrou bastante segura para a correção de certas deficiências do organismo.

Esse foi o caso da menina Anny, de seis anos, portadora da síndrome CDKL5 (doença rara, que, entre outros sintomas, apresenta sinais de epilepsia grave). De acordo com seus pais, um medicamento à base de canabidiol reduziu as crises de convulsões e trouxe mais qualidade à vida da menina. Contudo, foi necessário ganhar na justiça o direito de importar o remédio dos Estados Unidos, onde sua venda é permitida.

Deu na Globo: https://globoplay.globo.com/v/6363797/

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