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INSÔNIA

A insônia é um dos distúrbios de sono mais frequentes ao lado da Apneia Obstrutiva do Sono ocorrendo em 10 a 30% da população geral (ROTH, 2007).  Ela caracteriza-se por uma dificuldades em  iniciar, manter ou despertar precocemente em condições propícias ao mesmo, acompanhado de repercussões sobre as funções diurnas, como problemas de memória, atenção, irritabilidade, sonolência, diminuição da produtividade e acidentes.  A insônia pode ser  classificadas segundo o CIDS-3 em :

A- Insônia aguda ou de ajuste,  com  durando  de até três meses e  

B – Insônia crônica: com duração superior a três meses  [AASM,2014] .

O diagnóstico da insônia é  essencialmente clinico, não havendo necessidade da realização da polissonografia. Uma boa história clínica e anamnese direcionada ao sono são suficientes (BACELAR e PINTO, 2013). A polissonografia só é útil, quando  a hipótese de uma insônia  secundária  por uma provável distúrbio respiratório como a Apneia obstrutiva, movimento periódico de pernas (MPP) são suspeitadas (BACELAR e PINTO, 2013).

O tratamento inicial das insônias sempre deve iniciar-se com medidas comportamentais como a implementação de práticas saudáveis de sono (higiene do sono), técnicas comportamentais e cognitivas (TCC) que normalmente devem ser aplicadas por psicólogos capacitados nessa área  (BACELAR e PINTO 2013). Em relação ao tratamento medicamentoso, há várias classes de medicamentos utilizados para esse fim, desde benzodiazepínicos, antidepressivos sedativos, anti-histamínicos e agonistas GABA seletivos. Estes últimos, também conhecidos como drogas Z (Zolpidem, Zopiclone, Zaleplona) são as drogas preferíveis, pelo menor risco de dependência, quando comparados aos benzodiazepínicos que muitas vezes são erroneamente utilizados como primeira opção de tratamento.

Você sabia? 

» Insônia engorda: alguns estudos apontam que não dormir normalmente faz com que algumas substâncias, como a grelina (hormônio produzido pelo estômago e que dispara a sensação de fome), aumentem, enquanto outras, como a leptina (que inibe o apetite e estimula o gasto de energia), diminuam. 

» Mulheres sofrem mais: para cada homem insone, há três mulheres que também não conseguem dormir. Não se sabe exatamente os motivos, mas acredita-se que elas sejam mais propensas ao estresse do que os homens, o que impacta a qualidade do sono.

» A insônia é mais frequente em idosos do que em adultos jovens: pessoas mais velhas têm 1,5 mais dificuldade de dormir do que adultos com menos de 65 anos. Segundo a Associação Brasileira do Sono (ABS), a prevalência de insônia no idoso varia de 19% a 38%. 

» Quanto mais doenças, mais insônia: tanto homens quanto mulheres que sofrem de doenças cardiovasculares, artrite, obesidade, enfisema pulmonar, asma, diabetes, doença renal ou câncer têm muito mais chances de se tornar insones. 

» Somente 30% dos adultos com dificuldade de dormir procuram ajuda profissional para resolver o problema: dos que procuraram tratamento, apenas 19% foram ao consultório não especificamente para discutir as dificuldades para dormir, mas sim as consequências disso, como queda no rendimento e queixas sobre a saúde de modo geral. 

Tipos de insônia 

» Insônia ocasional: dura apenas alguns dias, mas pode aparecer novamente de tempos em tempos. É causada por estresse agudo ou mudanças ambientais, como mudanças no fuso horário ou hospitalização. 

» Insônia aguda ou transitória: pode durar de uma a três semanas. A frequência está associada a fatores estressantes mais sérios, como perdas pessoais agudas, traumas emocionais, problemas prolongados no trabalho/família ou doenças graves. 

» Insônia crônica: dura mais do que três semanas. A frequência é causada por doenças clínicas ou psiquiátricas (como insuficiência cardiovascular, hipertireoidismo, asma ou depressão). Pode estar ligada ao uso de certos medicamentos, ao uso abusivo ou dependência de drogas ilícitas e de álcool ou transtorno primário do sono. 

Impactos 

» Sonolência diurna 
» Fadiga 
» Falta de energia 
» Irritabilidade 
» Ansiedade 
» Falta de concentração e de memória 
» Dores musculares 
» Depressão 
» Acidentes de trabalho 
» Diminuição da libido 
» Risco de depressão 

 

Tipos de tratamentos 

» Não farmacológico: sem uso de remédios. Os médicos usam a terapia comportamental cognitiva (TCC) para analisar pontos importantes do cotidiano do paciente. Após uma avaliação psicossocial, o TCC é feito em seis a oito sessões em grupos de até 10 pessoas. Além de informações sobre o problema, os insones são apresentados a técnicas para adaptar alguns comportamentos que podem estar atrapalhando o sono. De modo geral, o tratamento demora até quatro meses. 

» Farmacológico: podem ser hipnóticos, antidepressivos ou tranquilizantes. O problema são alguns efeitos adversos, como dor de cabeça, náuseas, tonturas e, em alguns casos, dependência. Basicamente, os remédios atuam em receptores ou sub-receptores cerebrais que estimulam o sono. A escolha do medicamento, contudo, deve ser feita apenas pelo médico, uma vez que a insônia pode estar associada a outras doenças, como depressão. Nesses casos, a insônia é um sintoma, e não a doença propriamente dita.

Fonte: Associação Brasileira do Sono 

 

 

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