5 respostas sobre polissonografia
Quando a assunto é uma boa noite de sono nem todo mundo compartilha de bons relatos sobre o momento em que coloca a cabeça no travesseiro. Basta verificar os últimos dados da Associação Brasileira do Sono, divulgados no ano passado, para saber que para muitos dormir bem é privilégio. O relatório revela que 36,5% dos brasileiros sofrem de problemas para dormir.
E quais os motivos dessa dificuldade? A origem pode estar em diversos distúrbios, que são diagnosticados por meio de uma polissonografia. A Unidade do Sono de Brasília realiza este exame e, seu neurologista especialista em Medicina do Sono, Dr. Nonato Rodrigues, esclarece cinco aspectos superimportantes a respeito deste assunto. Confira:
1) Onde é feito o exame?
A melhor forma de descobrir o que atrapalha o sono é acompanhar o funcionamento do corpo durante o tempo em que ele está adormecido. Por isso, a polissonografia é realizada em um ambiente que simula um quarto. Isso mesmo, um quarto de verdade! Recomenda-se que o paciente leve objetos pessoais como fronha, lençol e cobertor para que ele se sinta o mais “em casa” o possível e, assim, não estranhe o local e reproduza sua rotina.
2) Como é a polissonografia?
Em síntese, trata-se da colocação de sensores em diversas partes do corpo, que ficam responsáveis por verificar os parâmetros biofisiológicos. Em geral, observa-se atividades como nível de oxigênio, batimentos cardíacos, movimentação das pernas e dos olhos e outras. As informações captadas são enviadas para o equipamento com o objetivo de reunir e organizar os dados.
Esse registro polissonográfico pode ser feito durante o dia ou à noite, a respeitar o dia a dia do paciente. Por exemplo: no caso de um trabalhador noturno, o ideal é que ele faça esta avaliação, exatamente, no horário em que costuma dormir para não haver interferências.
3) A polissonografia dói?
De forma alguma. Os sensores utilizados no exame são grudados com esparadrapos sobre a pele. Não há nenhum corte nem necessidade de anestesia ou uso de medicamentos. Muito pelo contrário. A polissonografia mantém o paciente no “quarto polissonográfico” da forma mais confortável e parecida com o ambiente em que ele dorme em casa.
4) O que este teste descobre?
A polissonografia detecta os problemas que possam causar as dificuldades para dormir. Há ainda casos em que o exame é feito a partir de outras queixas do paciente. Entre os diagnósticos mais comuns estão: apneia, sonambulismo, narcolepsia, ronco e outros.
5) Onde fazer a polissonografia?
Este exame não é invasivo, porém se trata de um procedimento a ser feito por profissionais devidamente habilitados e com formação específica por vários motivos. Primeiro, devido à complexidade da análise dos dados coletados e, segundo, em virtude dos cuidados a serem adotados durante a avaliação. Outro aspecto importante a ser considerado é a qualidade do ambiente onde ocorre a polissonografia. Caso não seja feita em um local que respeite as particularidades do paciente e ofereça conforto e tranquilidade, os resultados podem não reproduzir as alterações naturais dos dia a dia e não oferecer um diagnóstico seguro e correto.
Fonte: https://unidadedosono.med.br/