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O que é a Esclerose Múltipla?

O que é a Esclerose Múltipla?

O que é a Esclerose Múltipla?
A Esclerose Múltipla é a doença neurológica não traumática que mais atinge adultos jovens no mundo todo.

Trata-se de uma doença inflamatória, autoimune, onde ocorrem ataques do sistema imune contra a bainha de mielina, revestimento protetor dos axônios (prolongamento dos neurônios), responsável pela transmissão do impulso nervoso do cérebro para todo organismo.

Qual sua prevalência no Brasil?
Estima-se que no Brasil a prevalência da EM seja de 5 a 20 pessoas afetadas para cada 100.000 habitantes, aproximadamente 35.000 pessoas. É mais prevalente no gênero feminino, com a razão de 3 mulheres para 1 homem entre 20 e 40 anos de idade. A prevalência no mundo varia geograficamente, por exemplo, no Canadá e Estados Unidos é maior que 100 pessoas afetadas para 100.000 habitantes segundo a Organização Mundial da Saúde, Atlas of MS, 2013.

Quais os principais sintomas?
Os sintomas envolvem distorções visuais em geral em um olho, como embaçamento ou uma mancha no centro da visão, dor atrás do olho; fraqueza muscular nos membros e dificuldades ao andar; distorções da sensibilidade do corpo, como formigamentos persistentes, dormências; descontrole dos esfíncteres urinário e intestinal; desequilíbrio; visão dupla; dores faciais tipo neuralgias; fadiga, cansaço desproporcional às atividades rotineiras; sintomas cognitivos, desatenção, redução da velocidade do pensamento, desorganização funcional; entre outros.

Como é feito o diagnóstico da Esclerose Múltipla?
O diagnóstico é fundamentado em critérios clínicos e de imagem por ressonância magnética do cérebro e medula espinhal. Não se trata de uma doença de exclusão com sintomas e achados característicos nos exames, embora existam alterações semelhantes que dificultam a diferenciação. Como complementares, são realizados ainda os exames do líquido cefalorraquidiano (líquor ou LCR) com testes para autoimunidade específica à mielina e aos axônios, e outros testes para afastar outras doenças; também, utiliza-se o exame dos potenciais evocados (avaliação da transmissão dos impulsos nervosos entre o corpo e o cérebro e medula espinhal) como os potenciais evocados visual, auditivo e somatossensitivo.

Muitas vezes são necessários outros exames específicos para diferenciar doenças desmielinizantes que se assemelham à Esclerose Múltipla, como a Neuromielite óptica e outras doenças inflamatórias do sistema nervoso central. Também, pode ser necessário o acompanhamento e a repetição seriada e programada individualmente com o médico neurologista, dos exames para confirmar a evolução típica da doença, como o surgimento de lesões típicas com o passar do tempo e em outros locais do sistema nervoso central além dos inicialmente afetados, para só assim se confirmar o diagnóstico. Este processo pode demorar um período muito variado, havendo hoje critérios de diagnóstico mais amplos visando o mais precoce possível..

Existe um ritmo de evolução da doença? É possível retardá-la?
Sim. A EM se desenvolve na maioria das pessoas afetadas (85%) na forma de surtos, episódios de sintomas neurológicos únicos ou múltiplos ao mesmo tempo, como os sintomas descritos acima, que duram de dias a semanas, e regridem espontaneamente ou com tratamento específico, melhorando em geral completamente nos primeiros anos da doença. O intervalo entre os surtos é bastante variado entre as pessoas, variando de meses até vários anos, tendendo a se repetir mais e mais frequentemente após o segundo episódio, e variando entre leves ou graves, tempo de recuperação e recuperação completa ou incompleta. Com o tempo, cerca de metade dos pacientes com a forma em surtos da doença, Esclerose Múltipla remitente-recorrente, evoluem para a redução dos surtos e gradativa piora progressiva (forma secundariamente progressiva) das dificuldades adquiridas, podendo apresentar limitações físicas importantes e irreversíveis até o momento.

Cerca de 15% dos pacientes apresentam a forma primária progressiva, os quais apresentam lento aparecimento de dificuldades físicas, em geral para andar, com poucos sinais de inflamação nos exames, sugerindo uma doença com caráter inflamatório diferente da EMRR e degenerativo.
Todos os tratamentos disponíveis e indicados para pessoas com EM tem o objetivo de modificar a evolução da doença, controlando o surgimento de lesões e surtos de sintomas (clínicos) e o acúmulo de sequelas neurológicas e a progressão lenta das dificuldades.

Quais os tratamentos mais comuns? Cirurgias ou transplantes são necessários?
Os tratamentos envolvem medicamentos específicos para regular ou modular o sistema imune, que erradamente foi programado para atacar a bainha de mielina e os axônios desde o sangue e órgãos do sistema imune como os linfonodos e as células brancas chamadas linfócitos e macrófagos, que tem a capacidade de invadir o cérebro e medula espinhal e destruir a mielina.

Com o conhecimento destes mecanismos autoimunes, desenvolveram-se ao longo dos últimos 25 anos, diversos medicamentos chamados imunomoduladores e imunossupressores específicos, com menor ou maior capacidade (eficácia) no controle da doença.

Em casos muito específicos e agressivos da doença, com intensa inflamação, pode ser necessária a realização de transplante de medula óssea do tipo autólogo, com objetivo de reprogramar todo sistema imune, conhecido com Transplante Autólogo de Células Tronco Hematopoiéticas, que não deve ser confundido com “Células Tronco” para regeneração e cura da doença.
 
Quais são os fatores mais relevantes para desenvolver a doença? Genéticos, ambientais?
O conhecimento científico atual demonstra claramente que a EM é uma doença de causa genética, onde múltiplos genes sofrem mutações esporádicas ou hereditárias, genes que regulam o sistema imunológico, e desencadeiam as alterações autoimunes que vão provocar a doença. Estas mutações são certamente provocadas por fatores ambientais, e o que se conhece com mais clareza são os vírus da família Herpes como o Epstein-Barr vírus, a baixa exposição ao sol e consequentemente (também regulado por mutações genéticas) níveis baixos e persistentes de Vitamina D, provavelmente na adolescência. E ainda, fatores ambientais como exposição ao tabagismo, alimentos alergênicos e interação com bactérias intestinais – nos intestinos se localizam grande parte do sistema imune.
Certamente também, existem fatores ambientais e genéticos ainda não desvendados, responsáveis pela grande heterogeneidade da doença entre as pessoas afetadas, e impactando na resposta aos diversos tratamentos específicos. Um medicamento pode funcionar muito bem para uma pessoa, mas não para outra, e a tendência é cada vez mais a personalização ou individualização dos tratamentos.

Existem novos tratamentos ou medicamentos sendo estudados? É possível pensarmos em uma cura?
A EM é uma doença muito pesquisada no mundo todo. Existem e existirão muitos avanços no manejo da doença. Vários tratamentos já disponíveis são capazes de alterar significativamente a evolução da doença, quando utilizados na hora certa e com possíveis mudanças no decorrer do tempo de acordo com eficácia, segurança e tolerância do paciente, e sempre associados a mudanças de hábitos como a prática de esportes, de reabilitação física e cognitiva, do controle de estresse e de problemas emocionais, e dietas saudáveis com correção de deficiências nutricionais específicas.
A Cura é uma Esperança!

Fonte: https://www.einstein.br

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